Metade de mim são dúvidas e a outra metade também

Metade de mim são dúvidas e a outra metade eu suspeito de ser também. E quanto mais eu penso e questiono, menos certezas eu tenho, as vezes até do que pensei já ter.

E é um exercício cansativo, sem fim. São muitas possibilidades, muitas escolhas a tomar e nenhum certeza, e essa incerteza me traz medo e insegurança de não acertar, de falhar. Não quero mais a cobrança de ter me equivocado novamente. Não quero mais “perder tempo”, quero decidir e fazer dar certo.

Não quero mais permanecer no que não me traz paz, mas não consigo decidir por sair. Não quero mais trilhar caminhos que não me levam aonde está a minha essência, mas não sei qual outro me levaria. Não quero mais me calar, mas sinto não ter voz para me fazer ouvir.

Mas quando eu me conecto comigo mesmo, com tudo o que eu sou, com o meu eu mais cru e genuíno, percebo que eu não preciso sempre acertar, eu não preciso decidir tudo agora e de uma única vez. Eu não preciso ser perfeito, eu não preciso ser um modelo a ser seguido e talvez eu nem queira esse peso. No fundo, eu só quero ser eu mesmo, quero a simplicidade, quero me sentir confortável dentro de mim, quero equilíbrio e tranquilidade, mesmo que encontre isso no mais simples, no mais sutil, no que talvez ainda esteja invisível aos olhos. Eu não quero ser mais um molde da sociedade, mais um indivíduo padronizado, não quero mais carregar crenças que não são minhas. Eu quero me libertar. Eu quero ser real.

E com a tranquilidade que essa percepção me traz, eu acesso a minha verdadeira essência para responder uma a uma as dúvidas e assim vou me preenchendo cada vez mais de certezas e de mim.

Beijos e muita luz =)

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