Li uma passagem de Osho que dizia que nossa condição de humanos não é estado, é processo. Me fez lembrar a premissa budista de que o mais importante não é a chegada, mas a jornada porque é na travessia dela que aprendemos.
O nosso destino é a evolução. Existem pessoas que se recusam a crescer e a amadurecer. Querem prazer a qualquer preço, e pra isso procrastinam, desistem mais do que persistem, se recusam a lidar com o desconforto, terceirizam responsabilidades, não decidem suas vidas.
Poucas pessoas olham para dentro e buscam fazer o que fazem com sentido e propósito. A maioria está no piloto automático, sobrevivendo e não vivendo e dando vazão a todos os desejos e dores do ego.
A vida exige profundidade, não dá pra viver de forma rasa. Não dá para ser neutro, não dá pra não se comprometer, não dá pra não mergulhar. Vai bem além de olhar, é enxergar. Vai bem além de ver, é perceber.
Voltar é impossível. E ficar estagnado, embora pareça que não, também é. Momentaneamente pode ser, mas se você não andar a vida vai te cobrar a força ocupar o lugar que deveria estar e assim pode ser bem mais difícil se você não estiver preparado.
Analise seus medos, o que te faz fugir? Por que essa recusa em encarar? O que te faz não dar os passos necessários? O que você ganha permanecendo na imaturidade? E na fuga e negação?
Uma coisa eu te garanto, sabe esse lugar confortável que você está, sem riscos e fracassos porque você sequer tentou? Em algum momento você será retirado daí e se não estiver conectado aos sinais, vai se sentir vítima acreditando que nem um sinal da vida recebeu para isso.
Roberta