Primeiros passos para o autoconhecimento

Depois de um período turbulento por que passei, o mais desafiador até então, caiu a ficha da forma como estava vivendo e seguindo. Não estava vivendo, estava seguindo o fluxo, sobrevivendo, sem um sentido maior, sem uma consciência do que acontecia ou deixava de acontecer. Como a males que vem para bem (na minha opinião, todos), comecei uma grande transformação em minha vida que me proporcionou um imenso poder pessoal e isso tenho conseguido de forma super eficaz através do autoconhecimento. Sei que essa palavra pode soar estranho porque afinal de contas, quem é que não se conhece não é mesmo? Mas a verdade é que não é bem assim.

Quando tomamos rumos equivocados ou nos mantemos em situações depreciativas, percebemos que nem sempre nos conhecemos de verdade porque, se assim fosse, saberíamos decidir pelo que é melhor para nós. O autoconhecimento traz poder pessoal para que tenhamos mais assertividade nas nossas escolhas e decisões. O autoconhecimento traz a clareza do que nos faz bem e nos faz mal, do que queremos verdadeiramente em nossas vidas e do que queremos evitar e então tudo se torna mais claro. Quando conhecemos nossas potencialidades e sombras, sabemos exatamente quem somos, o que vem de fora já não nos afeta tanto porque desenvolvemos um filtro interno do que aceitar e do que agradecer com amor e devolver para onde veio.

Esse processo é transformador porque quanto mais desenvolvemos a auto percepção, mais vivemos uma vida consciente e conectados. Convido todos vocês a essa jornada maravilhosa!

Um simples, mas poderoso exercício para o autoconhecimento é esse que vou explicar. Vá para um lugar tranquilo, que te faça bem e possa ficar sozinha e sem interferências. Você irá mergulhar dentro de si para buscar as respostas que vou te pedir.

  1. Crie uma lista das suas forças e qualidades

Sei que para muitas pessoas não é fácil fazer uma lista das suas qualidades porque infelizmente quando reconhecemos que somos bons em algo, a sociedade nos julga como alguém sem humildade, o que é uma grande bobagem. Caso seja realmente uma tarefa desafiadora, peça ajuda para pessoas que te amam e te conhecem de verdade, como amigos e familiares.

A lista deve abranger desde qualidades da sua personalidade como simpatia, organização, empatia, até atividades que você realmente desenvolve muito bem como artesanato, canto, dança, etc.

OBJETIVO: O objetivo dessa lista é, além de descobrir e resgatar seus pontos positivos, fortalecê-los colocando-os em prática cada vez mais em todas as situações que puder. Desenvolva mais seus pontos fortes, torne-os conhecidos, mostre-os as pessoas.

     2. Crie uma lista dos defeitos aos seus olhos e pontos a melhorar

Nesse momento, você deve ser muito sincero e transparente consigo. Não sinta vergonha porque esse exercício não tem o intuito de divulgar as listas para ninguém, somente você terá acesso.

No final desse processo, não se sinta triste ou envergonhado. Pense que cada um de nós está em um momento de vida, em uma fase evolutiva. Julgo que o desafio não é o fato de termos defeitos, mas sim ignorá-los, vivermos no automático, fingirmos que eles não existem ou encará-los como parte de si. Sabe aquela frase clássica “Sempre fui assim e vou morrer assim” ou “Você sabia que eu era assim quando me conheceu”? São frases de uma mente pequena e estagnada.

OBJETIVO: O objetivo é trabalhar no que não está bom. Escolha um ou mais pontos a desenvolver por semana. Deixe-os visíveis no celular, em um post-it, na geladeira, no espelho, em um local onde possa vê-los várias vezes ao dia para lembrar que deve trabalhar ao longo do seu dia.

Se não conseguir grandes resultados, tudo bem, o importante é que você deu o primeiro passo e saiu da inércia. Com o tempo as atitudes de melhoria se tornarão automáticas.

Uma estratégia de motivação é manter fresco na memória os momentos de sucesso. Anote todas as situações que conseguiu agir diferente. No final da semana verá como avançou mesmo quando cada momento parecia algo muito pequeno ou sem grande impacto. Pode parecer um exercício bobo, mas cada pessoa funciona de uma forma e tem suas técnicas que para um pode não fazer sentido, mas para outro sim. E quando falamos de desenvolvimento interior, nada é bobo, tudo pode ser um caminho válido para a evolução.

     3. Crie uma lista de coisa que você gosta de fazer, mas não faz com a frequência que gostaria

Nessa lista valem atividades, hobbies ou detalhes simples do seu dia que te fazem bem, que nutrem sua alma, que relaxam sua mente, que te dão prazer, que realmente te preenchem.

OBJETIVO: O objetivo é colocar em prática com mais frequência o que te faz bem. Analise item por item: por que não tenho feito? É impossível? Está dentro das minhas possibilidades? Depende de mais alguém? O que é necessário para que possa fazer isso com mais frequência? Depois dessa análise, escolha um item por mês e tente colocá-lo na sua rotina. Talvez para que isso aconteça, você precise reavaliar as suas prioridades. Se for impossível de fazer com frequência, estabeleça que fará uma ou duas vezes ao ano. O importante é não deixar no esquecimento coisas que te fazem bem de verdade.

Quanto mais nos expormos a diferentes vivências e situações, mais temos material para avaliar nossas ações e reações. Essa auto avaliação é o autoconhecimento em uma de suas formas.

      4. Crie uma lista de coisas que você faz, mas não gosta de fazer

Fazer coisas que não gostamos muitas vezes desenvolve em nós tendências negativas e sentimentos difíceis de serem trabalhados. Se você não conseguir eliminar essas atividades que não gosta, pode transformar ou tentar ressignificar.

Quando tiramos as nossas travas e coisas que nos bloqueiam, a vida flui e se torna mais leve. Existem as situações por que temos que passar mas podemos transformá-las já que existe o livre arbítrio. Existem outras que fazemos “desde sempre”, porque “sempre foi assim”, ou porque a sociedade preconiza, ou mesmo porque você nunca parou um momento para pensar se aquilo realmente tem algum significado para si. Se conformar com as circunstâncias da vida pode ser simplesmente uma atitude de segurança por medo de arriscar e sair da zona de conforto.

OBJETIVO: O objetivo é verificar o porquê de estar fazendo atividades que não se identifica e tentar trabalhar nisso. Veja o que é possível de eliminar e que talvez esteja apenas adiando a decisão. Reavalie os seus valores, as suas prioridades e verdadeiras necessidades. Se precisar de ajuda, se depender de outras pessoas, vá em busca disso. Se não for possível eliminar, transforme para que fique mais leve ou ressignifique dentro de si para que enxergue por uma nova perspectiva.

Resumindo…

Tome o comando da sua vida!! Elimine ou ressignifique tudo o que está de ruim na sua vida, traga para si tudo o que é bom e te faz bem, potencialize as suas forças e qualidades e busque melhorar o que não está bom.

Posso te ajudar em tudo isso!

 

Beijos, beijos e muita luz!

Roberta =)

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