Sobre o medo de ficarmos sozinhos
Eu recebo muitos e-mails de relatos de leitoras que estão infelizes em seus relacionamentos, mas por medo de ficarem sozinhas, preferem permanecer.
Mas afinal, que medo exatamente é esse? Medo da solidão? Medo de não encontrar mais ninguém no mundo? De não ser amada novamente? De ter que começar tudo outra vez? Do julgamento dos outros frente a um relacionamento de anos que se findou?
Nos preocupamos demais com o futuro, com o que ainda não aconteceu. Sofremos por antecipação, esperamos sempre pelo pior e mais do que isso, não deixamos a vida trabalhar. Quando tentamos controlar os acontecimentos, vamos contra o fluxo da vida. Tudo o que resiste, persiste. Nesse caso, se resistimos aos sinais de alerta, as dores e ao novo, por mais tempo a situação permanecerá porque não estamos trabalhando o nosso interior para lidar e superar ou ressignificar.
Permanecer em um relacionamento que já se findou, onde já não existe mais amor, união, ou pior, respeito, demonstra aceitar o pouco, o nada, o mais ou menos. Mas nós somos a pessoa mais importante em nossa vida, no momento em que eu não me respeito mais, não consigo exigir respeito. No momento em que não me amo mais, não posso exigir amor. Falta coerência.
Nós atraímos aquilo que vibramos. Se vibro falta de amor próprio, são parceiros e relacionamento baseados nisso que vou atrair. Isso nos permite entender nossas repetições de padrões de relacionamentos.
Quando um ciclo de finda, outra automaticamente se inicia e ele vem cheio de novas possibilidades, aprendizado, conhecimento, repleto de possíveis e incríveis experiências e se seguirmos resistindo, não estaremos presentes para vivenciar.
Não tem problema algum em ficar sozinha, sem um amor porque a vida é feita de ciclos e etapas e se esse for o momento, não resista, simplesmente aceite o que a vida está te trazendo.
Se esse é o momento, analise tudo o que passou, o que aconteceu de bom, o que poderia ter feito de melhor e o que aprendeu com os momentos de dificuldade para que não repita. Então cuide de você, se ame, se perdoe, peça perdão e respeite o seu tempo e as suas dores. Chore o que tiver de chorar. E, depois disso, reconstrua-se, quantas vezes forem necessárias.
Lembre-se se que tudo está perfeito como está. Não lute, não resista, aceite com amor. Nunca se esqueça: entro, confio, aceito e agradeço.
Beijos e muita luz!
Roberta =)